Sardinhas

Nos últimos dias um cardume de sardinhas roubou um pouco de espaço na mídia. O fato se deu na Bacia do Pina, no  litoral do Recife.

Um pequeno vídeo do fenômeno pode ser visualizado em: https://www.youtube.com/watch?v=OOGZ_8hj7jI

Reflexo da redução da poluição das águas? Talvez, mas há especialistas que associam o fenômeno à redução do trânsito de barcos e lanchas na área. Essa informação perturbou o raciocínio que eu queria desenvolver, mas tudo bem. Qualquer que seja a causa, vemos que há esperança (ao menos para os peixes).

E estamos precisando de esperança.

Multiplicam-se ações voluntárias conduzidas por pessoas físicas que realizam  ações comunitárias. Elas reduzem um pouco o vazio deixado pelas autoridades. São como gotas no oceano, mas que fazem diferença, mesmo atingindo poucos indivíduos.

Aliás, se quiséssemos fazer um experimento sobre o estado mínimo, jamais conseguiríamos vislumbrar que o Brasil iria alcançar o estado nulo. É a síntese do cada um por si.

Mas não quero ser mal interpretado. Não sou contra a política nem contra os políticos. Acredito que os problemas devem ser enfrentados às claras, com transparência, e instrumentos para isso devem ser criados e aperfeiçoados. O caminho da escuridão é muito utilizado. Muitas melhoras ocorreriam se lançássemos luz sobre ele.

Não é fácil. Clareza e transparência não devem ser confundidos com perda de privacidade. E aqui entramos em outro tema, que fica para outra ocasião.

Encerro este texto com uma questão que tem me incomodado. Vejo um festival de agradecimentos na mídia. É no Google, que já agradeceu tudo quanto possa ser considerado um grupo de pessoas, é na televisão, é nas redes sociais. Isso é bom e muito justo. Desconfio, entretanto, que muito disso é efêmero. Quando a grande crise passar - e vai passar, não é possível - será que voltaremos a jogar pedras e outras coisas na Geni?

S.T.Azevedo