top of page

Gestos

  • Foto do escritor: S. Terra de Azevedo
    S. Terra de Azevedo
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura
ree

Dezembro alcança o seu primeiro final de semana.


O final de ano nos empurra para uma série de rituais que simbolizam o encerramento de uma etapa e a preparação para um recomeço. As confraternizações se multiplicam. Crianças, jovens e adultos são convocados a se reunirem com seus pares — da escola, do trabalho, da vida — para celebrar mais um ano que se encerra.


Deseja-se que a esperança se renove, que o cansaço ceda espaço a novos ares, que novos anseios despontem e nos motivem.


Mas, se para algumas pessoas é tempo de celebrar, para outras a condição é outra. Se a pressão for grande, se não houver clima, tudo bem ficar de fora, preservando-se e cuidando-se para recompor, na medida do possível, as próprias forças.


Esteja com quem você confia. Se não houver esse alguém, eis algo que vale a pena procurar. E, se não houver forças, busque ajuda. Esse talvez seja o gesto que ofereça uma nova perspectiva, mesmo que seja difícil acreditar nisso.


Estar em contato com quem amamos, abraçar amigos e amigas e cumprimentar colegas faz diferença.


E, quando formos cobrados a dar presentes, participar de amigos secretos ou coisas do gênero, considere que um gesto sincero, um olhar cheio de significados, uma palavra de carinho substituem com sobra qualquer presente.


O momento é propício para refletirmos sobre como temos conduzido nossas vidas, ou como elas estão sendo conduzidas sem que percebamos. Conforme as circunstâncias, nem conseguimos estar perto de quem gostaríamos.


Nem todas as relações acontecem por afinidade. Há compromissos sociais dos quais talvez preferíssemos não participar. Como temos convivido com quem compartilha vivências conosco sem a afinidade do companheirismo? A ausência, às vezes, é um gesto cheio de significados quando agir se torna muito difícil.


Vivemos, em grande medida, em grupos heterogêneos compostos por pessoas em momentos diferentes de suas vidas, com visões de mundo distintas, às vezes opostas. Diante das diferenças e considerando o momento de cada vida em particular, ao nos encontrarmos compartilhamos uma experiência comum, que toca de forma diferente cada indivíduo, num exercício contínuo da condição humana.


Que cada uma e cada um de nós possa, nessas datas festivas, reservar um tempo para refletir sobre como estamos vivendo. Um pequeno gesto pode ser o início de um movimento, levando-nos a um novo lugar.


S. Terra de Azevedo



Créditos:

Foto de Pixabay, no Pexels

 
 
 

9 comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
ADRIANO COSTA
ADRIANO COSTA
há um dia
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Parabéns!!

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
há 7 horas
Respondendo a

Muito obrigado, Adriano!

Curtir

gabferraz
há um dia
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Belo texto, Serjão. E, principalmente, muito necessário…

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
há 7 horas
Respondendo a

Muito obrigado, Gabi!

Curtir

Sérgio Batista
Sérgio Batista
há 2 dias
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Excelente texto!! Ótimas reflexões!!!

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
há 7 horas
Respondendo a

Obrigado, Sérgio!

Curtir

Patricia Mergulhao
Patricia Mergulhao
há 2 dias
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Muito interessante abordar a reflexão neste período ,pois as pessoas só pensam nas comemorações, mesmo com as pessoas sem afinidade .

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
há 7 horas
Respondendo a

Patrícia, obrigado por seu comentário. Procurei provocar a reflexão sobre o que envolve esse momento de confraternizar, considerando perspectivas que ficam em segundo plano.

Um abraço!

Curtir

Sandra Aline de Oliveira Barbosa
Sandra Aline de Oliveira Barbosa
há 2 dias
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Excelente!

Curtir
Faça parte da nossa lista de emails

Obrigado pelo envio!

© 2020 por S.T.Azevedo. Criado com Wix.com

  • White Facebook Icon
  • White Twitter Icon
bottom of page