Qual agenda e qual narrativa seguir?
A negativa é a que nos chega de todas as formas e a todo momento. Quem inadvertidamente a acompanha fica impactado. Ela é sedutora e mexe com nossos sentimentos.
Outra agenda, mais rara e difícil de implantar, é aquela que trata de ideias, propostas e ações concretas, atenta ao diálogo, ao respeito, à transparência.
Outro dia eu assisti uma série de entrevistas que são apresentadas no Canal Brasil às segundas-feiras. Os entrevistadores são Lázaro Ramos, Gilberto Gil e Toni Ramos. Os assuntos são diversos, mas em comum encontramos a cordialidade e o respeito.
Eles competem com os noticiários e novelas da noite e devem ter uma audiência discreta. Mas estão lá.
O tom, em geral, é positivo. E, num episódio recente, Lázaro Ramos entrevistou Gilberto Gil. Gil saiu-se com umas tiradas interessantes quando questionado sobre a dificuldade da luta contra o racismo e a desigualdade, que registro aqui sem fazer uma transcrição literal.
“Gil, você não desanima? Eu não vim ao mundo para desanimar. Eu vim para animar. Quando dizem que o Brasil está na beira do abismo, penso que não há abismo em que o Brasil caiba. O Brasil é maior do que essas questões políticas ou religiosas.”
Palavras vazias? Ingênuas?
Procuro encara-las como opções possíveis.
S.T.Azevedo
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