A discussão se dá em torno do uso do termo "todxs", em substituição a todas ou todos quando o contexto envolve um público heterogêneo. O argumento é que, ao usar o termo na forma impessoal evitamos discriminar alguém.
Mas acontece que, ao entrarmos na discussão sobre o adequado uso do termo, não conseguimos debater o assunto proposto. E então?
Arrisco-me a mexer em casa de marimbondo, mas farei isso por partes.
Precisamos de um novo termo na nossa língua?
Vivemos numa sociedade que muda constantemente, o que não significa que é para melhor. Só não dá para esperar a estabilidade. Faz sentido esperar que a língua fique parada no tempo?
Faz sentido abandonarmos o debate proposto e o substituirmos por outro em que o assunto passa a ser uso de um termo ou palavra?
Faz sentido arriscar a pele pelo uso de um termo?
Alguns arriscam a própria pele na defesa de seus valores e crenças. Vão para a frente de manifestações, transformando-se em possíveis alvos de cacetadas. Acreditam que a defesa desses valores vale o risco.
Outros arriscam a pele escrevendo trabalhos científicos sérios utilizando termos não encontrados no dicionário. Estão arriscando uma aprovação, mas não abrem mão de seus valores e crenças. Estão certos? Estão errados?
As respostas variarão conforme a visão de mundo, conforme os valores e crenças de quem vai responder essas questões.
S.T.Azevedo
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