Não importa qual é a sua raça. Aliás, o conceito de raça é problemático. Também não importa se você gosta do verde, do amarelo, do azul ou do vermelho.
Não importa se você é ateu ou religioso. Não importa se você é de direita, centro ou esquerda. Não importa.
Estamos sendo confrontados por nossos medos e incertezas, alavancados pelo bombardeio de informações recebidas, umas corretas, outras nem tanto.
Diferentemente de outras situações, desta vez não temos para onde fugir. Países do primeiro mundo, destino desejado por muitos, não oferecem condições confiáveis.
Uma alternativa é lutar para melhorar o lugar onde vivemos.
Melhorar como?
Não precisamos permanecer amarrados a posições tomadas no passado. Algumas vezes acertamos, noutras erramos, mas precisamos nos cuidar para não insistirmos num erro. Essa insistência no erro é perigosa.
Mas eu estou certo!
Quem sou eu para dizer que eu estou certo e alguém está errado. Apenas penso que é hora da gente se cuidar. Precisamos alimentar bem o corpo, a alma e a mente. Temos a oportunidade de refletir e reavaliar nossas posições. Buscar informações confiáveis e avalia-las criticamente. Evitar divulgar informações sem termos certeza da veracidade delas. Ter fé, sim, se você tiver fé, mas acreditar na ciência e agir com segurança.
A camada mais privilegiada da população, instruída e capaz de viver dentro das melhores condições, de onde saem os formadores de opinião, tem uma responsabilidade gigante neste momento. Suas ações determinarão o destino da humanidade.
Saúde versus economia
Particularmente não acredito que é uma opção deixarmos alguns para trás. Alguns ficarão pelo caminho, é certo, mas não quero imaginar o peso que uma escolha dura e fria será no futuro.
É absolutamente legítimo estar preocupado com a economia. Ela deve ser cuidada para que não tenhamos problemas mais graves do que já temos. Mas não é só a economia que preocupa. A vida em sociedade se baseia numa rede complexa de múltiplos fatores. Uma tensão numa ponta repercute na outra. Nenhuma ação humana consegue ser capaz de atuar numa única frente sem afetar as demais.
É por isso que chego à conclusão que encontraremos a melhor solução possível aproveitando o conhecimento e a capacidade de contribuição de cada um. A diversidade de conhecimento é peça chave nesta luta, mas seu uso precisa ser bem orquestrado.
As pessoas que estão hoje em posição de liderança vivem momentos cruciais. Suas decisões, certas ou erradas, entrarão para a história. Algumas sairão mais fortes, outras desaparecerão. Num mundo virado pelo avesso, novas lideranças surgirão. Que elas conduzam sabiamente o novo mundo que surgirá, e que haverá de ser melhor que o de hoje.
Ser capaz de olhar as pessoas nos olhos, manter a cabeça erguida e a consciência em paz deve ser o alicerce para a construção do novo mundo. Se formos sábios, ainda aproveitaremos a oportunidade de nos tornarmos melhores.
S.T.Azevedo
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