A equipe é de primeira linha. O técnico é um expoente em ascensão. Seus assessores lhe dão todo o suporte necessário e o preservam para trabalhar no que faz diferença. Estão entre os candidatos ao título nacional.
Um jovem talento vem abrindo espaço no time, ameaçando veteranos. O técnico vai administrando sua entrada, regulando a dose. Percebe no jovem um grande futuro.
Neste jogo ele entrou como titular.
Com a juventude saindo pelos poros, com a confiança em alta, com a habilidade natural abrindo espaços entre a concorrência e adversários, ele era um forte candidato ao troféu de melhor em campo.
Os analistas já estavam se posicionando quando, depois de um lance de escanteio, um desentendimento aconteceu.
Um zagueiro do time adversário, malandro e rodado, depois de um lance sem importância, fez uma provocação, esperou a reação do jovem e simulou uma agressão.
O árbitro não viu a provocação, mas viu a resposta do jovem. O VAR registrou o episódio, mas não interferiu no processo.
O árbitro se movimenta para puxar um cartão.
A turma do deixa disso o contém.
O técnico do jovem invade o campo e o separa da multidão, enquanto alguns assessores seus vão lidar com o humor do árbitro.
- Ele fez uma piadinha comigo, professor!
- E você caiu nessa provocação fajuta. Fez uma partida excelente e vai sair desse jeito?
- Vou ser expulso injustamente?
- Não sei se será expulso nem se o será injustamente. Fique quieto aqui. Amanhã conversamos sobre isso.
Do outro lado uma definição se dá. O tempo de espera foi longo o suficiente para o árbitro se acalmar. A decisão é pelo amarelo.
O jovem não foi eleito o melhor em campo. Sua vaga no time titular na próxima partida é incerta.
Amanhã será outro dia.
S.T.Azevedo
Créditos
Foto de PhotoMIX Company no Pexels
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