top of page

Corpo que sente, Mente que caminha

  • Foto do escritor: S. Terra de Azevedo
    S. Terra de Azevedo
  • 8 de nov.
  • 2 min de leitura

Arte de Ivan Moura Leite, no Instagram
Arte de Ivan Moura Leite, no Instagram

Alcancei a marca dos 3 km em 29 minutos, mas mantive o ritmo. Aos 30, quando o comando "Reduza!" surgiu, eu estava preparado para reduzir o ritmo e encerrar essa parte do treino.


Se a esteira passou a ser um local de inspiração, desta vez não imaginei um percurso específico. Em vez disso, vieram pensamentos sobre Atlas*, que, segundo notícias recentes, parece não ter se interessado pela vida terrestre, assim como Rama*. Ainda assim, nós, humanos — ou ao menos algumas pessoas da ciência —, buscamos informações que nos ajudem a compreender um pouco melhor o universo.


O corpo como consciência


Em dado momento eu tomei consciência de um desconforto nos ombros. Passei a prestar atenção ao meu corpo e percebi que o abdômen estava relaxado durante o exercício. Ativei-o e mudei ligeiramente a postura. O desconforto, aos poucos, desapareceu.


A atenção, temporiamente concentrada nos aspectos físicos, começou então a se libertar.


Um reencontro


Lembrei-me de um encontro recente com um amigo dos velhos tempos - daqueles reencontros inesperados.

O contato, como sempre, muito bom. Estávamos num evento formal, mas conseguimos um tempo para uma breve conversa.


Começamos com os temas de sempre:

"Como vai você?"

"E a família?"

"E o futebol?"


Quebrado o gelo, guardados os celulares, seguimos conversando. Percebemos o quanto nossas trajetórias haviam tomado rumos diferentes — um saindo de um grande centro para um menor, outro fazendo o caminho inverso.


Movimentos contrários e voluntários, a partir da perspectiva de cada um, e que nos ofereceu, por um tempo, caminharmos juntos.


Há um caminho certo?


Há um sentido correto a seguir? Penso que essa decisão depende da visão particular de cada pessoa — e é difícil separá-la da própria história de vida.

Mesmo distintos, os caminhos possibilitam o encontro, olho no olho, e a troca de experiências.

Foram dez minutos de conversa, talvez quinze. Não mais que isso.

Mas a conexão saiu fortalecida.


Parar ou transformar?


Se pudéssemos parar o que fazemos, pararíamos?


A pergunta surgiu assim, simples.

Mas, ao refletir sobre ela, pensei: talvez fosse melhor reformulá-la.


Se pudéssemos transformar o que fazemos, transformaríamos?


Não nos propusemos a responder.

Ao invés disso, deixamos a conversa fluir — sobre escolhas, percursos, planejamentos (ou a ausência deles). Logo já falávamos sobre novos compromissos e planos.

De alguma forma, sobre transformação.


Era um sábado. Se falamos de compromissos, os de ordem familiar estavam presentes. Tivemos de dar conta deles.


O que virá a seguir, não sabemos. Mas, por um instante, por um momento, estivemos juntos.

E con-vivemos.


S. Terra de Azevedo


Nota

Para quem tiver interesse em notícias sobre 3I/Atlas, uma sugestão é esta página em The Conversation.


Leitura sugerida

Encontro com Rama, de Arthur C. Clarke.


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

14 comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
willlamis Moraes
willlamis Moraes
22 de nov.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Lembrei do nosso último encontro, e já faz tempo, acho que já está na hora de marcar um café! rsrs

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
01 de dez.
Respondendo a

Estamos precisando tomar um café juntos. Vamos marcar.

Curtir

janainasantos23121984
14 de nov.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Parabéns Sérgio ! pela crônica, confesso que me emocionei quando li a parte que você pergunta se há um caminho certo? Realmente é muito difícil separar nossos passos futuro dá nossa história de vida .

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
17 de nov.
Respondendo a

Janaína, muito obrigado por seu comentário.

Que os seus passos futuros percorram caminhos cheios de significado, e que você se emocione, emocionando quem compartilha de sua caminhada.

Um grande abraço!

Curtir

Romeu Wanderley
Romeu Wanderley
13 de nov.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Excelente, e oportuno para mim. Li pela manhã. Não sou de exercícios físicos, mas consciente da importância. Logo no início da leitura vem a referência ao caminhar, ao tempo, à inspiração. E depois fluiu para o sentido dos 'encontros'. ....ao termimar coloquei o tênis e fui exercitar a mente e sentir o corpo.

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
17 de nov.
Respondendo a

Obrigado, Romeu!

Fico feliz em tê-lo inspirado a fazer uma caminhada. Os prazeres da vida vêm dos pequenos gestos.

Que o exercício tenha sido prazeroso e inspirador.

Curtir

Ede Sampaio
Ede Sampaio
10 de nov.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

No fim das contas, tudo gira em torno de movimento. Corpo, mente, é a vida!

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
17 de nov.
Respondendo a

Ede, aproveitemos os movimentos do corpo e da mente.

Obrigado por seu comentário.

Curtir

carlospniewski502
09 de nov.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Muito bom! O universo humano, repleto de descobertas, de encontros e desencontros, nos leva continuamente em busca de nossa origem. E aguça nossa curiosidade sobre o nosso futuro... Parabéns pela abordagem!

Curtir
S. Terra de Azevedo
S. Terra de Azevedo
17 de nov.
Respondendo a

Carlú, obrigado por suas palavras. Assim o nosso presente vai sendo vivido, junto ao nosso passado e ao nosso futuro.

Um grande abraço!

Curtir
Faça parte da nossa lista de emails

Obrigado pelo envio!

© 2020 por S.T.Azevedo. Criado com Wix.com

  • White Facebook Icon
  • White Twitter Icon
bottom of page