Modo Festa
Um grande amigo - um nobre cavaleiro que não vejo à tempos - costuma dizer que quando você vai viajar para algum lugar diferente, deve reservar uns momentos para ver as coisas com outros olhos. Como? Bebendo até ficar tontinho. O objetivo é você entrar num estado mental diferenciado para aproveitar o local sob outra perspectiva. Se você fizer isso e no dia seguinte não sentir ressaca, terá obtido sucesso.
Outros consideram que se a ressaca é forte, é sinal que a farra valeu a pena.
Um primo meu adotava, na época em que éramos lisos de dinheiro, a técnica do “fogo psicológico”, que consiste em você alterar o seu estado mental de tal forma que os outros vão achar que você bebeu. Algumas vantagens dessa abordagem são a economia e a ausência de ressaca no dia seguinte. A receita? Deixar de lado a inibição, encher-se de coragem e não ligar para o que os outros irão pensar de você. Se no dia seguinte alguém reclamar de suas atitudes, sempre é possível colocar a culpa na bebida (no caso, a ausência dela, mas isso você não precisa dizer).
O modo festa também pode ser alcançado por aqueles que optam por não consumir bebidas alcoólicas. Este estado mental é semelhante ao do meu econômico primo, com a diferença que no dia seguinte você não vai poder colocar a culpa na bebida.
Homenagens
Esse ano foi particularmente duro. Muitos de nós perdemos entes queridos, grandes amigos e pessoas que admirávamos. Consola-nos a percepção que as boas memórias e as recordações dos bons momentos permanecerão conosco, nos servindo de inspiração.
Começar de novo
A virada do ano é um marco que nos ajuda a encerrar um ciclo e iniciar outro. Que nessa renovação a gente possa refletir sobre aquilo que estamos vivendo e não estamos gostando para fazermos melhores escolhas no futuro.
Pensar sobre o futuro e imaginar grandes conquistas pode ser um exercício fascinante, mesmo num presente tão conturbado.
Possibilidades incríveis estão ao alcance da humanidade, se soubermos lidar adequadamente com a questão climática, a preservação do meio ambiente, as desigualdades sociais, a falta de empatia.
Devemos ser ambiciosos em relação ao futuro, mas precisamos ser humildes e entender que só alcançaremos um futuro digno de orgulho se o construirmos pensando em todos, com especial destaque para a Terra, nosso único lar.
Despedidas
Passamos por um ano mais difícil que o necessário, inseridos num ambiente em que alguns líderes mostraram total falta de empatia e descaso pela dor alheia. Adeus 2020. Digo com tranquilidade que o momento desses líderes passará.
S.T.Azevedo
Créditos: Foto de Sebastian Voortman no Pexels
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