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S.T.Azevedo

Cobra

Primeira metade do século 20. Na Europa, Hitler joga suas fichas. No Brasil, mais especificamente no Estado do Rio de Janeiro, um grupo de crianças da faixa dos 10 ou 11 anos caminha de volta da escola, distante 4 km de suas residências. É a rotina de quem mora no interior do interior, um mundo incompreensível para quem vive as modernidades do século 21.

Essas crianças caminham, vivem sem dinheiro e, em suas casas, vivem sem energia elétrica.


Mas não falta nada essencial.


Neste dia, ao retornarem para casa, essas crianças, numa curva do caminho, notaram uma perereca que emitia estranhos sons ao pé de uma encosta. Ela não se movia. Era uma cena diferente que interrompeu a caminhada e instigou a curiosidade da criançada.

O caminho não era deserto, e neste momento surge o Congo andando à cavalo, vindo do sítio em direção à cidade.


- O que está acontecendo, crianças?

- Congo, aquela perereca está fazendo um som muito esquisito.

- É cobra! Saiam daqui.


Congo desceu do cavalo e o amarrou numa árvore do outro lado da estrada. Pegou um pedaço de pau e foi procurar o que estava afligindo a perereca. Não demorou muito para localizar, no mato próximo à encosta, uma jararacuçu de 2 metros de comprimento que estava à espreita. A jararacuçu é conhecida por seu veneno, sua agressividade e seu bote, que alcança longa distância.


Congo não tinha todas essas informações, mas de cobra ele entendia. Com o pau ele matou a jararacuçu, salvou a perereca e as crianças.


Não temos provas desse episódio. Como não sabemos aonde está o pau, fiquemos com a imagem da cobra.




S.T.Azevedo

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